TEATRO
Por Marrom Glacê
Terceiro espetáculo das Yonis Magníficas foi inspirado em questões acerca da maternidade apresentadas no livro “Mães Arrependidas”, da socióloga israelense Orna Donath.
Governo Federal, Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, através da Lei Aldir Blanc apresentam:
“MÃE-DE-NINGUÉM”
Terceira montagem das Yonis Magníficas, “MÃE-DE-NINGUÉM” estreia dia 20 de março, às 11h, na plataforma Zoom / Sympla tendo como ponto de partida uma pesquisa do grupo sobre o feminismo. A inspiração para a criação deste espetáculo online é o polêmico livro “Mães Arrependidas”, da socióloga israelense Orna Donath – presença já confirmada na estreia para debate após a peça. A montagem foi viabilizada no âmbito do Edital RETOMADA CULTURAL, com recursos aprovados através da Lei Aldir Blanc, por meio do Governo Federal, do Governo do Estado do Rio de Janeiro e da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro.
“O livro é um estudo que tem como base entrevistas realizadas com mulheres israelenses de diversas idades, que reconheceram o arrependimento de terem se tornado mães. A autora, portanto, não se limita apenas a lançar um olhar para esse sentimento, como também a responsabilizar o comportamento social coletivo que pressiona diariamente para que todas as mulheres se tornem mães. Donath põe em questão a afirmação de que a maternidade seja um desejo ‘natural’ de todas as mulheres, já que existem as que não se identificam com a ideia, nem mesmo com a função de mãe, e há ainda as que se questionam se ter filhos foi de fato uma escolha. Importante ressaltar que as mulheres entrevistadas neste estudo esclarecem que o arrependimento materno nada tem a ver com o amor que sentem pelos filhos”, salienta Joana Lerner, integrante do grupo que desde 2014, realiza projetos artísticos.
A afirmação de Orna Donath juntamente com a pesquisa teórica das Yonis Magníficas durante esses anos de estudo apresenta uma outra ótica sobre a maternidade. A partir desse olhar, pode-se compreender um interesse patriarcal e capitalista de controlar a mulher, impondo regras ao seu corpo. Esta atitude da sociedade referente à mulher as inspirou a questionar e evidenciar, neste trabalho, tal relação de manipulação. “O sistema patriarcal certifica-se de que todo o discurso contrário ao dele seja recriminado, rechaçado e, por conseguinte, mantido em silêncio”, sublinha Patricia Vazquez. A atriz Karla Tenório que criou o espetáculo online “Mãe Arrependida” baseado em sua experiência pessoal, e Cila Souza, idealizadora do projeto Militância Materna também confirmaram suas participações nos debates dos dias 27 e 29 de março, respectivamente.
“Quando nascemos numa cultura que impõe desde sempre uma única visão sobre algo, como a imposição de que toda mulher deve ser mãe, é difícil conseguir enxergar de outra forma. Acreditamos que, ao quebrar este paradigma com vozes reais, podemos ampliar o olhar acerca do tema, de maneira a legitimar um sentimento que precisa de espaço para poder existir”, diz Rafaela AmoDeo. “Ter filhos não é dado, mulheres não são mães, mulheres são pessoas que precisam ter controle de seus próprios corpos e suas próprias histórias. O caminho para a mudança ainda é longo, mas, hoje, podendo falar sobre isso, conseguimos enxergar um. Uma das mulheres entrevistadas por Orna agradece a ela por ter nomeado o que não sabia que sentia, justamente por não haver espaço para questionar a maternidade e sua romantização. E é isso que queremos fazer com esse trabalho”, encerra Diana Herzog.
SERVIÇO:
“MÃE-DE- NINGUÉM”
TEMPORADA: 20 a 29 de março (exceto 24 e 25)
HORÁRIOS:
20 (sábado) e 21/03 (domingo) – 11h
22 (segunda), 23 (terça) e 26/03 (sexta) – 20h
27 (sábado) e 28/03 (domingo) – 11h
29/03 (segunda) – 20h
Todas as apresentações serão seguidas de bate-papo com a plateia.
ONDE: www.sympla.com.br/yonismagnificas
INGRESSOS: R$ 10 (inteira) / R$ 5 (meia-entrada)
CLASSIFICAÇÃO ETÁRIA: 16 anos
FICHA TÉCNICA:
Texto: Pâmela Côto (livremente inspirado no livro “Mães arrependidas”, de Orna Donath)
Direção Artística: Joana Lerner, Pâmela Côto e Rafaela AmoDeo
Diretora Assistente: Patricia Vazquez
Orientação de Direção: Diana Herzog
Atriz: Joana Lerner
Produção e Direção de Audiovisual e Trilha Sonora: Isadora Medella
Figurino: Juli Videla
Assessoria de Imprensa: Marrom Glacê Assessoria
Mídias Sociais: Ana Studart
Programação Visual: Raquel Alvarenga
Fotos Arte: Laila Zaid e Carla Böhler
Fotos Divulgação: Isadora Medella
Coordenação Administrativo-Financeira: Cida Sousa
Produção Executiva: Ana Velloso e Vera Novello
Direção de Produção: Ana Velloso, Vera Novello e Joana Lerner
Idealização: Joana Lerner
Realização: Yonis Magníficas