Janyck Beaulieu, membro do Coletivo Internacional de Jovens Francófonos no FSM 2022
Esse seminário de discussão, organizado pelo International Transfeminist Front (FITFEM, Frente Transfeminista Internacional, em tradução livre), reuniu cerca de vinte pessoas, principalmente mulheres trans mexicanas com mais de 50 anos. Foi conduzido por três mulheres trans mexicanas que militam pelo reconhecimento dos direitos das pessoas trans no México há mais de 40 anos.
Elas especialmente destacaram, por um lado, que o México é o segundo país do mundo com o maior número de mulheres trans assassinadas e, por outro lado, o fato de que na América Latina a expectativa de vida das mulheres trans é, em média, 35 anos, em comparação aos 75 anos das mulheres cisgênero. Além disso, também salientaram que uma das principais fontes de violência contra esse grupo vem da polícia.
Elas reivindicam o direito de viver e de ser, e que esse direito seja incluído na Constituição do país e reconhecido como um direito humano fundamental. Tal medida permitiria que essa questão ficasse excluída dos caprichos políticos e da boa vontade dos governos.
Tradução do francês Samila Matos / Revisão Graça Pinheiro