POEMA

Por C. Alfredo Soares

 

Sinto a rumba
Run pi lê
O candomblé
O sei lá o quê

Sinto e danço
Tranço os pés
Retorço o corpo
Vibro como uma cascavel

Viro os olhos
Bebo do meu sangue
Gargalho bastante
Ao redor do fogaréu

Bato os pés
Levanto poeira
Saúdo com as mãos
Fico pardo ao invés
Canto
Também Massero
Caço cozinho oferto
Para meus ancestrais

não escuto
Mas sinto
Percebo ao redor
Me ligo ao passado


Que o Manto sagrado
Ubuntu velado
Árvore da vida
Una todos nós