Neste tempo que estamos convocados a chamar Lula para sentar a PUA vale muito divulgar para quem bebe desta fonte, para o conhecimento que potencializa a humanidade, a leitura do ótimo artigo de Marcelo Paixão.
Antes, vamos apresentar brevemente o autor: Doutor em Sociologia pelo IUPERJ, Marcelo Paixão é economista e professor da Universidade do Texas associado ao Departamento de Estudos da Diáspora Africana (AADS) e ao Instituto Teresa Lozano Long para Estudos Latino-Americanos (LLILAS).
A ótima e assertiva contribuição de Marcelo, tem muito para facilitar os pensamentos e ações para esse fim de tempo eleitoral.
No texto, que tomarei a liberdade de chamar de “carta para Lula,” os leitores terão a oportunidade de compartilhar da visão do autor, que expõe de forma tão cuidadosa e repleta de sabedoria tantos fatos e opiniões sobre a disputa eleitoral que estamos vivendo no Brasil. Como ele mesmo afirma “Tão longe que nem sei, escrevo este texto daqui de Austin-Texas, a cerca de 8 mil km da minha eterna Cidade Maravilhosa. Aqui não me sopra a brisa da “alma encantadora das ruas”, tal como na não menos encantadora expressão do célebre cronista João do Rio. Longe sim, alienado não, vim acompanhando com viva atenção o andamento das eleições brasileiras. Assisti a algumas de suas entrevistas e participações em debates e aproveito para lhe dar algumas sugestões. Mesmo não mais filiado ao seu partido, entenda que elas são dadas com a exclusiva intenção de ajudar”. O fio da colaboração e da inteligência coletiva fica evidente na ótima contribuição que qualquer pessoa pode ler ao clicar Senta a pua, Lula: não é hora de ficar na defensiva – revista piauí (uol.com.br)
Mas vale atentar para um destaque marcante que o ativista e professor colabora para o nossa compreensão neste tempo: “Não preciso de bola de cristal para saber que, ao longo desta semana e no último debate presidencial a ser realizado nesta sexta, 28 de outubro, você voltará a ser incessantemente cobrado pelo tema da corrupção, inclusive as que foram reveladas nos tempos em que o PT esteve no governo. Você vem corretamente apontando que os culpados foram punidos, mas que processos que pesavam contra você foram ou integralmente anulados ou resultaram em vossa absolvição. E depois que vieram à tona as conversas taciturnas de Sergio Moro, Deltan Dallagnol e o conjunto dos procuradores envolvidos na Operação, soubemos que na Lava Jato o combate à corrupção era apenas um meio – no caso, a pavimentação das vias para um golpe de Estado – e não uma finalidade em si. As suas respostas àquelas acusações são pertinentes. Mas elas podem melhorar”. É instigante e necessário melhorar para virar essa página no próximo dia 30 e, com certeza, as questões apresentadas por Paixão muito podem ajudar.
E vale destacar uma das questões bem expostas e colocadas pelo brilhante escritor, que servem para nós de Pressenza e para a grande maioria do povo: “Não acho que a privatização da Companhia Vale do Rio Doce tenha sido benéfica para o país, mas honestamente não tenho tanta certeza sobre as empresas do setor siderúrgico. Deixe patente que você entende que empresas como a Petrobras, Banco do Brasil, Caixa Econômica, os Bancos do Norte e Nordeste, as universidades, os Correios entre outras empresas consideradas estratégicas para o interesse nacional não serão privatizadas. Aliás, em um momento em que o tema dos insumos energéticos tão fortemente voltam ao centro do debate na seara internacional, sugerir que abramos mão da Petrobras soa como um verdadeiro despropósito. Você pode cobrar isso do candidato à reeleição. Mas, se essa questão aparecer no debate, não feche as portas de antemão para essa política em qualquer contexto. A Empresa de Planejamento e Logística S.A. (EPL), aquela do malsucedido projeto do trem-bala entre o Rio e São Paulo, é um ilustrativo caso”.
E assim, sendo breve a apresentação para estimar a leitura coletiva, o exemplo das privatizações, segue outros para a sugestão máxima para Lula: SENTA A PUA. Afinal o termo não é uma escolha de hoje, como ele bem coloca, SENTA A PUA “era o grito de guerra do 1º Grupo de Aviação de Caça da Força Aérea Brasileira que lutou contra os nazis durante a Segunda Guerra Mundial. O símbolo foi criado pelo então capitão aviador major-brigadeiro Fortunato Câmara de Oliveira, comandante da Esquadrilha Azul. Seu símbolo era o de um avestruz, só que em sentido invertido. Esse jamais escondia a cabeça diante do perigo. A analogia tem limites, e não há aqui nenhum chamado às vias de fato contra aqueles a quem por justificadas razões nutrimos profundo desacordo (mas que prefiro não classificar como nossos inimigos, ou ao menos não no sentido literal da palavra, isso apesar de nem sempre o contrário ser verdadeiro). Reviver o “Senta a pua!” implica em colocar à luz do dia as fake-verdades. Em desmascarar um projeto de mundo semelhante à sua matriz na Europa ocidental dos anos 1930 e 1940 dando sua famigerada colaboração para lançar toda a humanidade nos umbrais de um imenso cataclismo global.”
Concluindo assim vale o convite para a leitura e participação máxima de todas as pessoas que querem vivar a página mais favorável para um ambiente de organização, formação, lutas e conquistas. Só para lembrar clica aqui: Senta a pua, Lula: não é hora de ficar na defensiva.