conto

Vô João

CONTO     Por Valéria Soares     Lembro-me do meu bisavô. Forte, sacudido, entendedor de ervas, exterminador de formigueiros, cuidador de seus cachorros. Lembro-me do meu primeiro dia na escola. Na volta ele me perguntou sarcasticamente: “Você aprendeu como…

Corrida de Obstáculos

CONTO     Por C. Alfredo Soares       Joao cresceu solto que nem pipa avoada. Sua natureza era alegre feito um passarinho que pia sem parar em cima das árvores. Brincava, jogava bola, tomava banho de rio, subia…

A mulher do pastor

CONTO     Por C. Alfredo Soares     Domingo a noite naquele bairro se ouvia  três coisas: barulho de moto passando, batuque de pagode e o som vindo dos tabernáculos. A fusão disso tudo produzia um ambiente único; uma confusão…

Voraz

CONTO     Por Valéria Soares     Fico observando uma lagartixa colada no vidro da janela. Minha mãe diria que ela não tem modos! Arreganhada desse jeito, toda exposta. Minha filha se arrepiaria, sentiria medo, nojo. Não olharia. Eu…

O Arqueiro

CONTO     Por C. Alfredo Soares     Querosene parecia ser um neguinho como outro qualquer. Mas seu apelido não fora dado a toa. Moleque arisco bom de bola, de lábia e de briga. Cresceu solto, como os outros…

Mentira

CONTO     Por Valéria Soares     Apagou o número do telefone dele. Excluiu-o de suas redes sociais  Respirou fundo.  Caminhou sem olhar para trás. A vida estava apenas começando. O passado deixava de existir, o presente era ótimo,…

Descombinações II

CONTO     Por Valéria Soares     A igreja  do bairro oferecia cursos em sua obra social. Podia-se aprender tricô, crochê, pintura em tecido, a fazer bonecas de pano e culinária. Minha mãe frequentava alguns. Apesar de muito criança…

O homem do caminho

CONTO     Por C. Alfredo Soares     Mata alta retendo a visão ao trecho do caminho. Vento forte balançando as árvores. As folhas despencam em pleno outono. Na estrada, a poeira vermelha nos olhos, arde e dificulta a…

Descombinações

CONTO     Por Valéria Soares     Quando menina, ouvia dizer que verde não combinava com azul. Era mau gosto usá-los. Sentia-me mal por gostar de tal combinação. Passei, então, a me considerar uma pessoa que não sabia se…

A encruzilhada

POEMA     Por C. Alfredo Soares     Na encantaria ele ria Zombava de tudo e de todos Pegava a faca e passava na testa Bebia na taça que não era sua   Não pedia licença Lambia os dedos…

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